Já aqui não vinha há algum tempo mas tenho novidades para contar.
No fim-de-semana passado estive a mandar mais uns currículos a fazer mais umas pesquisas, o costume.
Ando cheia de trabalho no meu emprego por isso até tenho estado um pouco desligada (mas sempre com esperança!).
Na segunda-feira recebi um e-mail a dizer:
"Hi M, would you be available for a telephone interview next Wednesday?"
Dei pequenos saltos de alegria! Fiquei meeesmo contente!Respondi de imediato a dizer que sim. Que me telefonasse às 18h30. Desta forma eu teria tempo para sair do escritório e ir para um sítio calmo onde pudesse falar à vontade.
Ficou confirmado. Quarta-feira às 18h30 eu teria a minha primeira entrevista para ir trabalhar para Londres. Fui logo ver de que anuncio se tratava para ver o que eles pediam exactamente e de que empresa estávamos a falar.
Bom o anúncio era para marketing digital, não é bem a minha especialidade mas dou uns "toques". De qualquer forma fui a correr para a Fnac comprar um livro em inglês para estudar e pelo menos não fazer figura de ignorante. Também me informei melhor sobre a empresa e fiz logo uma lista de pontos que eu poderia colaborar para eles. Fiz uma espécie de lista de argumentos para provar que eu seria a pessoa certa para aquele trabalho. Li o livro em dois dias. Fiz um resumo. Tirei apontamentos. Ensaiei perguntas e respostas com o meu marido. As perguntas que eu suspeitei que me fizessem eram as tradicionais "tell me more about yourself", "what do you know about our company?", "why do you think you would be the person for this job"?
Tinha todas estas perguntas e respostas preparadas. Mal sabia eu o que aí vinha.
Na Quarta-feira às 18h10 estava eu num estado nervos como não há memória. Depois de uma pesquisa sobre a pessoa que me enviou o e-mail rapidamente descobri que ele era o próprio director geral da empresa e não um recrutador tradicional.
Sai do escritório a voar. Fui a guiar até uma rua calminha. Estacionei, saquei dos meus apontamentos e de uma garrafa de agua para não ficar com a boa seca dos nervos.
Às 18h33 o telemóvel toca. +44...... Era ele! Era agora!
O senhor do outro lado foi bastante simpático ao telefone. Fez-me imensas perguntas. Muito mais do que eu estava à espera. Percebi tudo à primeira e respondi a tudo sem problema. Ele disse que ainda tinha umas quantas entrevistas para fazer e que ia estar de férias na próxima semana, para eu não estranhar não ter resposta entretanto. A entrevista durou exactamente 15 minutos.
Não sei se correu bem ou não. Espero que sim. Pelo sim, pelo não, continuo a enviar CV's!
From Lisbon to London
sexta-feira, 29 de março de 2013
domingo, 17 de março de 2013
Londres - quanto custa?
Para todos os que estão a pensar mudar para Londres há um tema muito importante que devemos ter em mente e ter bem definido. Quanto vamos gastar assim que chegarmos?
Há quem vá com trabalho já garantido e há quem vá à aventura mas seja qual for o caso devemos ir com um fundo de maneio para os primeiros tempos nesta cidade que, como se sabe, é caríssima!
Mesmo quem vá com trabalho tem que ir com algum dinheiro pois os trabalhos são pagos ao fim da semana ou do mês...
Encontrei um site com óptimas dicas!
Por exemplo, eis um breve apanhado das coisas onde iremos certamente gastar dinheiro:
Initial Costs
Há quem vá com trabalho já garantido e há quem vá à aventura mas seja qual for o caso devemos ir com um fundo de maneio para os primeiros tempos nesta cidade que, como se sabe, é caríssima!
Mesmo quem vá com trabalho tem que ir com algum dinheiro pois os trabalhos são pagos ao fim da semana ou do mês...
Encontrei um site com óptimas dicas!
Por exemplo, eis um breve apanhado das coisas onde iremos certamente gastar dinheiro:
Initial Costs
There are
also some initial costs that will whittle your wallet
down fairly quickly if you don’t plan accordingly, especially when it comes to
setting up longer-term accommodation. Generally you should budget for the
following:
Accommodation
when you arrive: If you haven’t already organised accommodation for when you first arrive make
sure you have enough money for hostel or hotel accommodation (from £11 upwards
per night) or to give to mates who let you doss.
Bond and
first month’s rent: This will be your most significant outlay. When leasing a
flat or room in a flat-share bond can be up to 6 weeks rent and on top of that
you will probably have to pay up to a month’s rent in advance. This could be as
much as £1000 depending on the price of your rent.
Transport:
Flat and job hunting can take a lot of trekking across the city on Tubes and
buses. Make sure you have some cash for public transport or to purchase an
Oyster card, see Getting around the
UK.
Mobile
phone: If you’ve brought your mobile phone from home you still may need to buy
a SIM card or pay to have your phone ‘unlocked’ from your previous carrier. Avoid
phone contracts if possible and opt for pre-pay calling. Be sure to put aside
some cash to buy pre-paid top-ups; not being able to call back a potential
employer because you have no credit is not a good look!
Internet
access: You'll probably be using the Internet for job hunting, searching for
accommodation and making PC to Phone calls for staying in touch with
family and friends back home. Internet cafes charge from £1 an hour, but allow
plenty of cash for this as you'd be surprised how many hours you can rack up in
these places.
Clothing:
Hopefully you packed suitable clothes for the season you’re arriving in the UK
and if you found room in your suitcase or backpack, suitable clothing for job
interviews in your line of work. But, if sneakers won out over suits, make sure
you have some pounds in your budget for interview and work-wear.
Eating and
drinking: Your first few weeks are sure to be a blur of eating, drinking and
socialising. Eating out in London isn’t cheap so try not to have breakfast,
lunch and dinner (and those crisps with your pint) while out and about as it
will be more economical to buy groceries and prepare your own meals.
Para quem quiser consultar mais o site é este:
http://www.workgateways.com/working-cost-of-living.html
sábado, 16 de março de 2013
Currículo - Que modelo escolher?
Faz agora uma semana que comecei a procurar trabalho em Londres. Para além das respostas automáticas, recebi 3 e-mails a dizer que não tinha passado à 'shortlist' e um e-mail a perguntar quando é que eu estaria em Londres para uma entrevista. este último fez-me dar pequenos saltinhos de alegria. Mas claro que tenho que ser realista e ter a noção de que não será assim tão fácil.
Respondi ao e-mail que tinha estado em Londres na semana passada e já tinha regressado a Lisboa. Mas que estava disponível para fazer uma entrevista via Skype (foi assim que a minha cunhada conseguiu o emprego). Não obtive resposta. Isto foi ontem.
Entretanto, depois de muito ler e pesquisar cheguei à conclusão que os recrutadores ingleses não gostam muito do modelo de currículos que eu utilizo, Europass.
Assim, decidi fazer um currículo novo e de acordo com aquilo que eles valorizam. Pesquisei na net e encontrei este modelo:
http://career-advice.monster.co.uk/cvs-applications/free-cv-templates/cv-template-classic-skill/article.aspx
Gosto muito porque logo depois dos nossos dados pessoais (nome, telefone, etc) tem um 'personal statement' no qual é suposto "vendermo-nos". Depois disto passamos logo às nossas 'skills' e só depois às qualificações académicas e experiência profissional. No meu caso, optei por colocar a experiência profissional antes das qualificações académicas pois valoriza-me mais.
Fica um currículo mais apelativo e através do qual o recrutador pode ficar a conhecer-nos melhor só através das primeiras linhas.
Atenção: se utilizarem este modelo não se esqueçam de tirar o logotipo da 'monster' que aparece no rodapé :)
No site da monster existem bastantes mais modelos para além destes. Escolham o que melhor realçar as vossas capacidades!
Respondi ao e-mail que tinha estado em Londres na semana passada e já tinha regressado a Lisboa. Mas que estava disponível para fazer uma entrevista via Skype (foi assim que a minha cunhada conseguiu o emprego). Não obtive resposta. Isto foi ontem.
Entretanto, depois de muito ler e pesquisar cheguei à conclusão que os recrutadores ingleses não gostam muito do modelo de currículos que eu utilizo, Europass.
Assim, decidi fazer um currículo novo e de acordo com aquilo que eles valorizam. Pesquisei na net e encontrei este modelo:
http://career-advice.monster.co.uk/cvs-applications/free-cv-templates/cv-template-classic-skill/article.aspx
Gosto muito porque logo depois dos nossos dados pessoais (nome, telefone, etc) tem um 'personal statement' no qual é suposto "vendermo-nos". Depois disto passamos logo às nossas 'skills' e só depois às qualificações académicas e experiência profissional. No meu caso, optei por colocar a experiência profissional antes das qualificações académicas pois valoriza-me mais.
Fica um currículo mais apelativo e através do qual o recrutador pode ficar a conhecer-nos melhor só através das primeiras linhas.
Atenção: se utilizarem este modelo não se esqueçam de tirar o logotipo da 'monster' que aparece no rodapé :)
No site da monster existem bastantes mais modelos para além destes. Escolham o que melhor realçar as vossas capacidades!
terça-feira, 12 de março de 2013
Entrevistas: Perguntas e Respostas
Quando mandamos currículos massivamente a primeira coisa que nos vem à cabeça é: "E se me ligarem? O que digo? O que será que vão perguntar?"
Pelo menos eu estou sempre a pensar nisso. Os poucos telefonemas que possa vir a receber não podem ser desperdiçados. Tenho que estar preparada para tudo.
Comecei a fazer umas pesquisas para descobrir o tipo de perguntas que normalmente fazem e descobri até muitas respostas que podem ser dadas de forma a fazermos um brilharete :)
O tipo de perguntas que mais fazem são:
1. Qual o seu maior defeito?
2. Porque é que o(a) havemos de contratar?
3. Fale-me mais sobre si.
4. Qual é a sua maior virtude?
5. Como lida com críticas?
6. Qual é a sua definição de sucesso?
São perguntas simples mas que quando colocadas podemos ficar horas a pensar no que responder e isso não joga a nosso favor. Nada como prepararmos umas boas respostas.
No youtube se pesquisarem por "interviews", "questions" e "answers" encontram lá montes de dicas úteis. Eu fiquei fã do canal "monstube" no Youtube. É de uma empresa de recrutamento que referi no post anterior. Tem imensos exemplos de perguntas e tipos de respostas que podem/devem ser dadas.
Para quem tem estado a enviar currículos e a responder a anúncios, vale a pena consultar.
Eu até tomei nota de algumas perguntas e respostas num caderno que anda sempre comigo. Assim se me ligarem tenho logo ali umas cábulas já em inglês :)
Obrigada mais uma vez pelos comentários, dicas e e-mails!
Boa noite*
Pelo menos eu estou sempre a pensar nisso. Os poucos telefonemas que possa vir a receber não podem ser desperdiçados. Tenho que estar preparada para tudo.
Comecei a fazer umas pesquisas para descobrir o tipo de perguntas que normalmente fazem e descobri até muitas respostas que podem ser dadas de forma a fazermos um brilharete :)
O tipo de perguntas que mais fazem são:
1. Qual o seu maior defeito?
2. Porque é que o(a) havemos de contratar?
3. Fale-me mais sobre si.
4. Qual é a sua maior virtude?
5. Como lida com críticas?
6. Qual é a sua definição de sucesso?
São perguntas simples mas que quando colocadas podemos ficar horas a pensar no que responder e isso não joga a nosso favor. Nada como prepararmos umas boas respostas.
No youtube se pesquisarem por "interviews", "questions" e "answers" encontram lá montes de dicas úteis. Eu fiquei fã do canal "monstube" no Youtube. É de uma empresa de recrutamento que referi no post anterior. Tem imensos exemplos de perguntas e tipos de respostas que podem/devem ser dadas.
Para quem tem estado a enviar currículos e a responder a anúncios, vale a pena consultar.
Eu até tomei nota de algumas perguntas e respostas num caderno que anda sempre comigo. Assim se me ligarem tenho logo ali umas cábulas já em inglês :)
Obrigada mais uma vez pelos comentários, dicas e e-mails!
Boa noite*
segunda-feira, 11 de março de 2013
A procura de trabalho em Londres
Este fim-de-semana respondi a cerca de 100 anúncios de recrutamento. Sim... 100... não sei se é só a minha área ou se é assim em todas mas mal comecei a pesquisar descobri todo um mundo de oportunidades e pus-me a responder a tudo o que encontrei. Principalmente aos que pediam Português e Espanhol.
Hoje tive o telefone sempre bem perto de mim e alto e a bom som! Não queria perder a chamada que provavelmente iria mudar a minha vida lol mas ninguém ligou...
Shame on me! Só recebi 3 mails:
- dois deles a lamentar muito por não ter passado à shortlist
- um a dizer que a próxima fase do processo seria responder a um questionário em meia hora. Acabei agora de responder. 4 perguntas... A ver vamos!
Pode ser que amanhã alguém telefone :)
Muito obrigada pelos comentários e e-mails. E boa sorte a todos os que estão a procurar uma vida melhor!
Hoje tive o telefone sempre bem perto de mim e alto e a bom som! Não queria perder a chamada que provavelmente iria mudar a minha vida lol mas ninguém ligou...
Shame on me! Só recebi 3 mails:
- dois deles a lamentar muito por não ter passado à shortlist
- um a dizer que a próxima fase do processo seria responder a um questionário em meia hora. Acabei agora de responder. 4 perguntas... A ver vamos!
Pode ser que amanhã alguém telefone :)
Muito obrigada pelos comentários e e-mails. E boa sorte a todos os que estão a procurar uma vida melhor!
domingo, 10 de março de 2013
A Decisão
Sou mais uma entre milhões de portugueses insatisfeitos com
o estado do nosso país.
Acabei o meu curso de Comunicação Empresarial em 2007. Fiz um estágio no Departamento de Marketing de uma empresa e tive a sorte de ser convidada para continuar a trabalhar lá. Há cerca de 3 anos comecei a procurar novas oportunidades pois sinto-me profissionalmente estagnada. Mas nada aconteceu. Fui a duas ou três entrevistas que não deram em nada. O recrutamento neste país é algo que assombra as empresas, vá-se lá perceber porquê.
A minha empresa decidiu fazer alguns cortes no ano passado. eu fui poupada mas fiquei com trabalho acumulado, a ganhar o mesmo (ou menos porque os impostos aumentaram) e sem qualquer perspectiva de futuro.
Sou casada há um ano e meio. Tenho a sorte de ter um marido que me apoia em tudo e que está sempre no ir, se for caso disso.
No ano passado começámos a falar sobre a possibilidade de
irmos para fora. O primeiro sítio que nos veio à cabeça foi Bali. Pode parecer
utópico mas a verdade é que o nível de vida lá é muito barato e a nossa ideia
seria comprar um terreno ou mesmo uma pequena construção na qual pudéssemos
fazer uma pequena pousada.
Começámos a investigar mas percebemos que ia ser realmente
complicado. A questão do visto e o facto de uma pessoa estrangeiroa não poder
ter propriedades em seu nome acabou logo com o projecto.
De seguida pensámos no Brasil. Mas tínhamos novamente o
problema dos vistos e como se sabe estão a “fechar as portas” a muitos
portugueses que tentam ir para lá.
Não falámos mais no assunto até que, na semana passada,
fomos a Londres visitar a minha cunhada que está lá a viver e trabalhar.
Londres é uma cidade que me fascina desde muito pequena.
Lembro-me de ir lá vezes sem conta com a minha avó. Fazíamos compras em Oxford
Street, passeávamos no Hyde Park, visitávamos museus, mercados e ao final do
dia, exaustas de andar de um lado para o outro, apanhávamos um mítico táxi até
casa. Eram outros tempos.
Este fim-de-semana fui lá e vi Londres com outros olhos. Não
como uma cidade para visitar e onde fazer compras mas como uma metrópole cheia
de oportunidades, de vida e com uma economia em constante movimento.
E então pensei… Porque não? Para entrar é mais simples pois
não precisamos de vistos, estamos relativamente perto de Portugal para
visitarmos a família no Natal e no Verão e há tanta oferta de trabalho!
Tudo parecia um mar de rosas até começar a investigar um
pouco mais. No entanto, estamos determinados. Não vamos desistir. Queremos ir
para Londres, sim. E vamos conseguir!
O primeiro passo será obviamente arranjar trabalho. Eu
trabalho em Marketing, Comunicação e Eventos. O meu marido na área de vendas.
Traduzi o meu CV para inglês e logo aí deparei-me com alguma
dificuldade. Eu que sempre disse que sei falar inglês, ao traduzir o meu CV
comecei a questionar pois não estou 100% familiarizada com termos técnicos. Um
ponto a melhorar!
Pesquisei site e mais sites. Os meus preferidos até agora
são:
www.my.monster.co.uk –
Além de ser um excelente site de pesquisa é também uma rede social onde os empregadores
podem consultar logo o nosso CV. Tipo Linkedin. Têm ainda um excelente canal no
youtube (monstube) que dá excelentes dicas para responder às perguntas de uma
entrevista de emprego.
Estes três são sem duvida os meus preferidos. Só este
fim-de-semana respondi a quase 100 anúncios. É bom que o telefone toque esta
semana!
Essa é outra… e que gostava de contar com a opinião de quem
já passou por isto. Como é encontrar trabalho em Londres a partir de Portugal?
A minha cunhada conseguiu assim. Mas será que nós também vamos conseguir?
Outra questão é como deixar tudo para trás. A casa é
arrendada, temos que dar um pré-aviso, o meu emprego, móveis, etc. Mas tudo
isto só vale a pena pensar quando houver mesmo uma oferta de trabalho válida.
Gostava que deixassem as vossas opiniões e conselhos sobre
esta possível grande mudança que queremos fazer!
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